domingo, 26 de abril de 2009

Com números impressionantes, Ronaldo mostra que é fenômeno também em finais

Não é por acaso que Ronaldo ganhou o apelido de Fenômeno. Os gols, os dribles, a velocidade que enlouquece os adversários e a capacidade de renascer para o futebol após sérias lesões nos joelhos justificam a alcunha dada pela imprensa italiana. Mas, para ficar na história do esporte, um craque precisa de títulos. E ele os tem. Prestes a disputar sua primeira final pelo Corinthians, o jogador coleciona em decisões um retrospecto de dar inveja nos adversários e digno de um gênio.

Contabilizando as passagens por Cruzeiro, PSV-HOL, Barcelona-ESP, Inter de Milão-ITA, Real Madrid-ESP, Milan-ITA e seleção brasileira, Ronaldo disputou 15 partidas valendo finais de campeonatos - dois decididos em jogos de ida e volta -, em 16 anos de carreira. Destas, não fez gols em apenas quatro, mas soma 13 no total, incluindo os dois sobre a Alemanha, na final da Copa do Mundo de 2002.

A conquista de títulos, aliás, é outra marca registrada, o que deixa a torcida do Corinthians bastante animada para os dois confrontos contra o Santos, pelo Campeonato Paulista. Dos 13 possíveis, Ronaldo levantou o caneco em dez (um pelo PSV, dois pelo Barcelona, dois pelo Real Madrid, um pelo Inter e quatro pela seleção brasileira).

Curiosamente, a estreia do Fenômeno em finais, aos 17 anos, não foi nada animadora. Em 1993, Cruzeiro e São Paulo fizeram a decisão da Recopa Sul-Americana. Depois de dois empates sem gols

- Não lembro desse jogo. Prefiro esquecer de todas as derrotas (risos) – disse o jogador, na semana que antecedeu a primeira partida diante do mesmo Tricolor, pelas semifinais do Paulistão.

Três anos depois, Ronaldo teve sua primeira grande atuação em finais. Já no Barcelona, marcou dois gols na vitória por 5 a 2 sobre o Atlético de Madri, pela Supercopa da Espanha. Foi pelo arquirrival Real Madrid, contudo, que conquistou seu principal título de clubes, o Mundial de 2002, sobre o Olímpia-PAR. Ele fez um dos gols da vitória por 2 a 0.

- A experiência do Ronaldo é muito importante para nós. Ele já conquistou tudo o que poderia na carreira e pode nos passar muitas coisas em um momento assim – afirmou o lateral-esquerdo André Santos.

Com a seleção brasileira, os números são ainda mais fenomenais. De cinco finais, Ronaldo venceu quatro, perdendo apenas a polêmica decisão para a França, na Copa do Mundo de 1998. Uma convulsão até hoje mal explicada pelos médicos minou qualquer possibilidade de um bom rendimento dele.

Quando pisar no gramado da Vila Belmiro, neste domingo, Ronaldo quebrará um jejum de seis anos sem disputar uma final. A última foi em 2003, quando o Real Madrid fez 3 a 0 sobre o Mallorca, pela Supercopa da Espanha. Ronaldo, como de costume, deixou o dele. O Santos que se cuide.

Agência/AFP

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